Nos
Estados Unidos, dados indicam que 2,7 milhões de pessoas com mais de 40
anos têm glaucoma, mas que pelo menos metade delas nem desconfia disso.
No Brasil, estima-se haver um milhão de portadores dessa doença que é a
segunda maior causa de cegueira no mundo – perdendo apenas para a
catarata.
O
glaucoma é uma doença crônica que causa dano ao nervo óptico, estrutura
responsável pela formação das imagens que enxergamos. Se não tratado
adequadamente, pode levar à cegueira irreversível.
Daí
a importância de visitar um oftalmologista regularmente e ter um
diagnóstico precoce, podendo evitar desdobramentos que comprometem a
qualidade de vida do paciente.
O nervo óptico é como um fio de telefone que contém um
milhão de fibras. Quando elas sofrem danos, a informação é impedida de
percorrer adequadamente o trajeto entre o olho e o cérebro. Como esse
dano costuma ser lento e progressivo, faz com que, aos poucos, a pessoa
desenvolva alguns pontos cegos – que só são percebidos depois de um dano
considerável. Quando todo nervo é destruído, ocorre a cegueira.
O glaucoma está relacionado com a
pressão ocular. Quanto maior a pressão ocular, maior a chance de lesão
do nervo óptico e de perda de visão. Geralmente, isso acontece quando a
área de drenagem do olho fica obstruída, acumulando o humor aquoso,
que é uma espécie de líquido transparente produzido no interior do
olho.
Os
sintomas mais comuns, nesses casos, são: vista embaçada, dor de cabeça,
dor forte no olho, halos ao redor de pontos luminosos, náuseas e
vômitos.
O primeiro passo na prevenção do glaucoma é conhecer
os grupos de risco para o desenvolvimento da doença. Assim, pessoas que
se encaixarem na descrição, sabem que não podem deixar de consultar um
médico oftalmologista pelo menos uma vez ao ano. São eles: pessoas com
mais de 60 anos, de origem afroamericana ou latina, existência de outros
casos de glaucoma na família, diabetes, córneas finas, usuários de
esteroides, lesões oculares prévias, histórico de anemia aguda.
Todos
esses fatores são considerados para decidir se o paciente necessita de
um acompanhamento devido à suspeita de glaucoma ou de um tratamento de
fato para a doença. Em alguns casos, a doença começa a ser monitorada já
a partir dos 20 anos ou antes.
As lesões provocadas pelo glaucoma geralmente
não são revertidas. Colírios, remédios e cirurgias (tradicional ou a
laser) são empregados na prevenção ou ainda para impedir a progressão da
doença. “O glaucoma costuma ser controlado fazendo uso regular de um
colírio aplicado várias vezes ao dia. Em muitos casos, seu uso é
combinado com medicamentos administrados por via oral – principalmente
para retardar a produção do humor aquoso e diminuir a pressão
intraocular.
Fonte: Portal da Oftalmologia